terça-feira, 10 de novembro de 2009

Noite vazia

Vamos lá.Cá estou eu, em frente ao meu bom e velho amigo. A tristeza me invade em ondas que não consigo controlar. Lágrimas vêm fáceis, molham e enrubescem minha face. Rolam ora lentas, ora rápidas, acompanhando o compasso triste das batidas no peito. Uma solidão sem palavras para descrever. Sinto um vazio, um abandono, uma pena de mim mesma, e mais lágrimas correm. Queria estar feliz, muitos estariam se estivessem em meu lugar. Mas pequenos grandes detalhes me levam ao chão, me dominam e me impedem de levantar a cabeça e olhar adiante. Sinto-me uma simples peça errada, que não encaixa no quebra-cabeça. Uma carência que só de olhar faz dó. Quero atenção, afeto, alguém que cuide de mim e que me acalente, que afague meus cabelos. Sinto-me feia, envelhecida e desamparada. Inconsolável, nada parece me libertar desse sentimento. Auto-estima nunca esteve tão esmagada por meus próprios pés. Não há onde me agarrar. A esperança me destrói, me corrói, me cega. O vínculo inexistente me ilude. A triste solidão dói. A noite é curta, logo cedo a vida continua.

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